quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Esclarecimentos sobre alguns pontos da RCC à CNBB
Em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sou o Assistente Espiritual do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica, um dos mais significativos Movimentos Eclesiais existentes em nosso tempo. Algumas interrogações me foram feitas por Dom Rafael Llano Cifuentes, Bispo de Nova Friburgo-RJ, proporcionando-me levar ao Conselho Permanente da CNBB alguns esclarecimentos, que podem servir a tantos irmãos e irmãos da RCC ou que desejam conhecê-la mais de perto. Eis o texto escrito que apresentei à 58ª Reunião do Conselho Permanente da CNBB:
Esclarecimentos sobre alguns pontos da RCC
Foi-me pedido para fazer uma breve comunicação a respeito de alguns pontos sobre a Renovação Carismática Católica. Escolhi dois caminhos, sendo o primeiro uma consulta feita aos coordenadores nacionais da RCC, aos quais encaminhei as perguntas feitas, com respostas que me foram apresentadas por Reinaldo Beserra, do Escritório Nacional da RCC e membro do Conselho Internacional da RCC – (ICCRS). Tais respostas correspondem e são plenamente assumidas por mim, por corresponderem ao que penso e às orientações que costumo oferecer à RCC. Em seguida, desejo apresentar algumas propostas.
I – Esclarecimentos solicitados pelo CONSEP, a pedido de Dom Rafael:
1. "Benefícios" da oração em línguas: Os carismas, sejam extraordinários ou humildes, são graças do Espírito Santo que têm, direta ou indiretamente, uma utilidade eclesial, ordenados como são à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo. Carismas são "manifestações do Espírito para proveito comum". São dons úteis, instrumentos de ação, para servir à comunidade.
Conceituação:
a) "É um dom de oração cujo valor, enquanto 'linguagem de louvor', não depende do fato de que um lingüista possa ou não identificá-lo como linguagem no sentido corrente do termo". É uma linguagem a-conceitual, que se "assemelha" às línguas conceituais. Não supõe absolutamente um estado de "transe" para praticá-la, não corresponde a um estado "extático", e nem a uma exagerada emoção, permanecendo aquele que a pratica no total domínio de si mesmo e de suas emoções, pois o Espírito Santo jamais se apossa de alguém de modo a anular-lhe a personalidade.
b) É um dom que leva os fiéis a glorificar a Deus em uma linguagem não convencional, inspirada pelo Espírito Santo. É uma forma de louvar a Deus e uma real maneira de se falar e se entreter com Ele. Quando o homem está de tal maneira repleto do amor de Deus que a própria língua e as demais formas comuns de se expressar se revelam como que insuficientes, dá plena liberdade à inspiração do Espírito, de modo a "falar uma língua" que só Deus entende.
2. O "falar em línguas", consignado nas Escrituras comporta três modalidades:
a) a oração em línguas, de caráter usualmente particular, pessoal, e que portanto não requer interpretação. Embora de caráter pessoal, ela pode ser exercitada também de modo coletivo, o que acontece nas assembléias onde todos exercem o "dom particular de orar em línguas", ao mesmo tempo; obviamente, não supõe interpretação. No entanto, Deus – que ouve a oração que milhares de fiéis lhe dirigem concomitantemente de todos os cantos da Terra – por certo entende. Vale a intenção que está em nosso coração.
b) Essa oração também pode ser expressa em modalidade de canto, uma oração com uma melodia que não foi pré-estabelecida. Também essa modalidade não requer interpretação. A diferença em relação à modalidade anterior, é que aqui se trata de orar em línguas, mas num ritmo não falado, de expressão e cadência musical, de notas que se sucedem improvisadamente, numa modulação lírica com que se celebra as maravilhas de Deus. São cânticos que brotam geralmente nos momentos de louvor e adoração da assembléia, do grupo de oração, e que pouco tem em comum com os cânticos eclesiásticos tradicionais, ou também com os cantos de "composição artística". Santo Agostinho, comentando as palavras do Salmo "Cantai ao Senhor um Cântico novo", adverte que o cântico novo não é coisa "de homens velhos". "Aprendem-no os homens novos, renovados da velhice por meio da graça, pertencentes ao Novo Testamento, que já é o Reino dos Céus. Por ele manifestamos todo o nosso amor e lhe cantamos um canto novo. Quando podes oferecer-lhe tamanha competência que não desagrade a ouvidos tão apurados?... Não busques palavras, como se pudesses dar forma a um canto que agrade a Deus. Canta com júbilo! Que significa cantar com júbilo? Entender sem poder explicar com palavras o que se canta com o coração. Se não podes dizer com tuas palavras, tampouco podes calar-te. Então, resta-te cantar com júbilo, se modo que te entregues a uma alegria sem palavras e a alegria se dilate no júbilo" .
c) Uma terceira modalidade do dom das línguas é aquela de uso essencialmente público, que quando é acompanhado do seu complemento, o dom da interpretação, tem como seu propósito a edificação dos fiéis e a convicção dos descrentes. Aqui o falar em línguas não assume o caráter de oração, mas de uma mensagem em línguas, dirigida à assembléia e não a Deus, como é o caso da oração, e que portanto requer o exercício do outro dom apontado por Paulo, o dom da interpretação. O Espírito dá a alguém a inspiração de "falar em línguas" em alta voz. Suas palavras contém uma mensagem espiritual para um ou mais ouvintes. A mensagem permanece incompreensível, enquanto não for interpretada. A mensagem interpretada assume, regularmente, as características de uma profecia carismática, que, segundo S. Paulo, edifica, exorta e consola a assembléia. Autores há que, em vista de maior clareza, dão outro nome a esta forma de falar em línguas. Chamam-na de "mensagem em línguas", ou ainda de "profecia em línguas". Em oposição ao "falar em línguas" durante a oração, este dom não está livremente à disposição da pessoa. Exige-se uma inspiração peculiar. Muitas vezes, ela está acompanhada de outra inspiração, a saber, num dos ouvintes que então "interpreta" a mensagem e a traduz em linguagem comum, para a comunidade. O dom de "falar mensagem em línguas" é um dom transitório manifestado vez ou outra nas reuniões de oração; e o Senhor pode servir-se ora deste, ora daquele, enquanto que o dom da interpretação geralmente é considerado permanente; é dom que pode ser pedido na oração.
3. Quando se deve orar em línguas? Só em atos próprios da RCC? Na TV para todos? Pode ser utilizada durante a Santa Missa, como parece ter acontecido na Oração dos fiéis nas missas de TV?
a) Sendo um dom do Espírito e um dom de oração, ele deveria ser permitido onde sempre é permitido orar. Nos atos próprios da RCC, o Documento 53, n. 25 da CNBB, já o levou em consideração.
b) Se a TV está transmitindo um ato próprio da RCC, não é possível "encenar" um comportamento que anule a identidade do Movimento. O exercício do carisma de orar em línguas é parte constitutiva da RCC. De nossa parte – os "carismáticos" – não temos de que nos envergonhar dessa prática, e nem temos nada a esconder. Somos assim. nossos Grupos de Oração estão sempre com as portas abertas, e qualquer um pode conferir lá o que somos e o que praticamos.
c) Na Santa Missa: Se são missas celebradas em atos específicos da RCC, parece-nos que sim, desde que se exercite essa oração nos momentos ditados pelo bom senso e pela orientação do celebrante, de modo respeitoso, profundamente oracional, não exibitório, especialmente como glorificação a Deus, como expressão de contrição, como petição, e como ação de graças.
d) A RCC tem clara consciência de que a Igreja, durante muito tempo, não se abriu à essa forma de se exercitar os carismas. Por isso ela sabe que, esse reavivamento de perfil pentecostal que se colocou em marcha no último século – especialmente a partir de Helena Guerra, que motivou Leão XIII a escrever uma Encíclica sobre o Espírito Santo, passando por João XXIII, que pediu um novo Pentecostes para a Igreja e a "renovação dos sinais e prodígios da aurora da Igreja", bem como pelo Concílio Vaticano II, onde Deus, providencialmente, lançou as bases e os fundamentos que tornaram possível o surgimento e a fundamentação do Movimento Pentecostal Católico, até João Paulo II, com sua Dominum et Vivificantem, e a inspirada exortação pronunciada na celebração de Pentecostes de 29 de maio de 2004, que dizia: "Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja como um impulso renovado de oração, santidade, comunhão e anúncio. [...] Abram-se com docilidade aos dons do Espírito Santo! Recebam com gratidão e obediência os carismas que o Espírito não cessa de oferecer!" – precisa ser acolhido com abertura de espírito e destemor, mas também com bom senso, com humildade, com respeito pelas diferentes opções de engajamento na pastoral orgânica da Igreja, em absoluta adesão à doutrina da Igreja Católica, não escandalizando por falta de decoro litúrgico ou religioso, dentro da ordem, mas também não deixando de ser fiel à vocação que Deus nos faz, de, nesses tempos, contribuir para "revelar à Igreja aquilo que já lhe é próprio: sua dimensão carismática".
e) No rito do Sacramento da Crisma, ao final da Oração dos fiéis, o Bispo reza: "Ó Deus, que destes o Espírito Santo a vossos apóstolos e quisestes que eles e seus sucessores o transmitissem aos outros fiéis, ouvi com bondade a nossa oração e derramai nos corações de vossos filhos e filhas os dons que distribuístes outrora no início da pregação apostólica".
f) É de se esperar que, recebendo tais dons, possamos exercitá-los, pois "da aceitação desses carismas, mesmo dos mais simples, nasce em favor de cada um dos fiéis o direito e o dever de exercê-los para o bem dos homens e a edificação da Igreja e do mundo, na liberdade do Espírito Santo, que 'sopra onde quer' e ao mesmo tempo na comunhão com os irmãos em Cristo, sobretudo com seus pastores, a quem cabe julgar sobre a autenticidade e o uso dos carismas dentro da ordem, não por certo para extinguirem o Espírito, mas para provarem tudo e reterem o que é bom".
g) "Na lógica da originária doação donde derivam, os dons do Espírito Santo exigem que todos aqueles que os receberam os exerçam para o crescimento de toda a Igreja, como no-lo recorda o Concílio".
4 – Repouso no Espírito: O Documento 53, no número 65, aborda o tema e diz a respeito: "Em Assembléia, grupos de oração, retiros e outros reuniões evite-se a prática do assim chamado 'repouso no Espírito'. Essa prática exige maior aprofundamento, estudo e discernimento".
a) O Cardeal Suenens, que escreveu muito sobre a RCC e a apoiou, foi muito cauteloso em relação à prática do repouso no Espírito, recomendando reserva.
b) Pe. Robert De Grandis foi quem muito a divulgou aqui pelo Brasil e tem um livro sobre o assunto.
c) Pe. Antonello, da Arquidiocese de S. Paulo, pratica-o com bastante freqüência e também escreveu sobre o assunto.
d) Não há fundamentação bíblica consistente sobre ele, embora sua prática remonte aos grupos qualificados de entusiastas, especialmente nos grupos de reavivamento nos Estados Unidos entre os séculos XVII e XIX.
e) "O Espírito Santo, ao confiar à Igreja-Comunhão os diversos ministérios, enriquece-a com outros dons especiais, chamados carismas. Podem assumir as mais variadas formas, tanto como expressão da liberdade absoluta do Espírito que os distribui, como em resposta às múltiplas exigências da história da Igreja" . Em muitas ocasiões – especialmente quando praticado em atendimentos pessoais, em clima de oração –, de modo especial em atendimentos de oração por cura interior, essas manifestações se revelam perceptivelmente legítimas, sem componentes de perfil patológico, gerando em quem a experimenta profunda paz e bem estar, com conseqüente reavivamento ou novo compromisso, com os compromissos relativos à fé. Pe. Isaac Isaias Valle, por exemplo, de Porto Feliz, na Arquidiocese de Sorocaba, sacerdote muito estudioso e preparado doutrinariamente, atende as pessoas utilizando-se dessa prática.
f) Em muitas ocasiões – especialmente em grandes encontros – há um visível descontrole emocional da parte de muitos nos quais se manifesta tal fenômeno, chegando-se mesmo a identificáveis casos de histeria, seja por desequilíbrio de cunho psicológico. Como diz João Paulo II, "na verdade, a ação do Espírito Santo, que sopra onde quer, nem sempre é fácil de se descobrir e de se aceitar. Sabemos que Deus atua em todos os fiéis cristãos e estamos conscientes dos benefícios que provém dos carismas, tanto para os indivíduos como para toda a comunidade cristã. Todavia, também temos consciência da força do pecado e as confusões na vida dos fiéis e da comunidade."
g) Assim, não é oportuno incentivar tal prática. Mas há vezes em que, sem que ninguém estimule, ocorre tal manifestação. Então, surge a oportunidade para cumprir o que determina o Documento 53, buscando aprofundar o entendimento sobre a matéria, pela observação com um estudo do caso, até perguntando à pessoa como é que ela está se sentindo, se aquilo lhe gerou paz, se o seu é um histórico sem comprometimentos outros, etc, para chegar a um discernimento sobre as características que possam nos ajudar a identificar a legitimidade do repouso.
5 – Sobre as inspirações particulares: Em geral a liderança da RCC tem tido bastante bom senso no exercício dessas chamadas inspirações, ou moções. Junto com os dons da Palavra de Ciência e a Palavra de Sabedoria, a RCC se esmera em fazer uso do Dom do Discernimento Carismático. Podem ocorrer exageros e afoitas condutas? Claro que sim. Mas a realidade dos fatos logo "traz para a terra" aqueles espíritos mais atabalhoados, e que agem por impulsos meramente humanos, e de maneira até irresponsável. Na observância dos resultados práticos e dos frutos produzidos por tais inspirações é que a RCC busca aprender a deixar-se conduzir pelo Espírito, que – segundo a Apostolicam Actuositatem – distribui também aos leigos dons e carismas para capacitá-los a anunciar o Reino, com poder. É possível encontrar-se falsas moedas. Mas não vamos, com elas, jogar fora as legítimas, as verdadeiras. Em 2003, o Pontifício Conselho para os Leigos convidou a RCC a dar sua contribuição no Colóquio Internacional sobre a Oração para pedir de Deus a cura, realizado em Roma, sob os auspícios daquele Conselho, reconhecendo nela essa prudência.
II – Propostas:
a) Ao acompanhar a RCC, percebo que existe seriedade, busca de maior conhecimento teológico em suas lideranças e docilidade. Sugiro que a Comissão Episcopal de Doutrina promova um estudo sobre os Carismas e as práticas da RCC, com seus representantes. Pode até surgir uma nova e mais atualizada orientação pastoral.
b) Sugiro que os senhores bispos verifiquem em suas Dioceses os eventuais problemas, proporcionando uma orientação segura, através de um assistente diocesano que possa acompanhar de perto.
c) Nos Congressos Estaduais da RCC, seria muito oportuno que o Bispo do local em que o mesmo se realiza se fizesse presente com a apresentação de um tema de formação. Penso que "adotando a criança", poderemos orientar melhor e os membros da RCC não se sentirão marginalizados, mas membros vivos das Igrejas particulares.
Fonte: Portal Carismático
sábado, 22 de maio de 2010
Escola Paulo Apostolo - Formação Núcleo G.O
GRUPO DE ORAÇÃO – PROJETO DE FORMAÇÃO
O primeiro momento do Grupo de Oração, aqui denominado GO, é o Núcleo de Serviço. Vejamos do que consiste:
· É uma caminhada programada, a qual considere as necessidades dos participantes e como fazer para supri-las de forma contínua e com qualidade;
· É necessário um planejamento, que abrange todos os serviços e ministérios, a fim de que possamos trabalhar de forma coordenada, sabendo o que fazer e direção almejada;
· Estimular e desenvolver a perseverança dos membros;
· Todo grupo carismático de oração tem um pequeno grupo de servos que assume o GO na espiritualidade e estrutura.
Finalidades do Núcleo:
1 ) Avaliar o que Deus fez em cada reunião do GO. Esta avaliação não consiste em dizer se o grupo foi bom ou ruim, mas sim em verificar juntos se na reunião de oração houve:
- Ensinamento;
- Os cantos foram ungidos e levaram o povo a louvar:
- Os louvores foram cheios de alegria;
- Como foi a acolhida;
- Testemunhos;
- Profecias
2) Acompanhar e assistir os fiéis que estão no GO em suas necessidades pessoais (doenças, dificuldades de oração, perda de paciência, ausência nas reuniões, etc), encaminhando-os, quando necessário, aos serviços (intercessão, cura e libertação, cura interior, grupo de perseverança, sala de misericórdia), e se preciso, ao sacerdote.
3) Revezar-se na condução do Núcleo de Oração, sempre em clima de fraternidade e cooperação, dando abertura para que todos se sintam parte importante do Grupo;
4) Discernir o que veio da intercessão e aplicar, orientando o pregador, os ministros de música, a acolhida a respeito do tema a ser preparado para o próximo encontro do GO;
OBS: por orientação do Conselho Nacional da RCC, todo GO deve iniciar com o Santo Terço Mariano. Esta oração poderosa de combate deve estar presente, também, na intercessão pelo GO, bem como todo servo deve rezá-lo diariamente em sua oração pessoal.
5) Interceder constantemente pelo GO do qual faz parte;
6) Preparar as reuniões do GO distribuíndo os serviços e responsabilidades (acolhida, música, evangelização das crianças...), rezando por aqueles que desempenharão alguma função.
- Os membro do Núcleo de Serviço do GO devem ser bem formados e profundamente dados à oração, treinados no discernimento comunitário, obedientes e dispostos a dar a vida no serviço do Senhor.
- Como o próprio nome diz, Núcleo de Serviço é um modo de servir do GO, conforme Atos 6, 1-7, é um grupo de pessoas que trabalham pelos irmãos. Os membros devem assumir como um chamado do Espírito Santo.
- Fazer parte do Núcleo não é condição de destaque, mas serviço aos irmãos para que Jesus, e tão somente Ele, apareça.
- O objetivo do Núcleo é louvar, orar, interceder pelo GO, o que refletirá num transbordar do Espírito Santo no grupão.
- A experiência do Núcleo é a base para motivação do povo.
- As reuniões do Núcleo devem acontecer semanalmente, em dia e hora definidos, tudo o que for tratado é sigiloso, diz respeito aos servos que o compõem.
- IMPORTANTE: nos encontros do Núcleo não devem ser levadas pessoas estranhas, com problemas. Caso aconteça, os servos devem orar por elas em sinal de respeito por sua necessidade, pedindo gentilmente que se retire, a seguir, para que o Núcleo tenha continuidade.
-As orientações apresentadas devem servir de estímulo e convite a todos os servos dos Grupos de Oração que não passaram pelo Módulo Básico de Formação para que participem dos Encontros da Escola de Formação permanente (Paulo Apóstolo), pois é de fundamental importância a formação.
“O conteúdo do módulo básico é fundamental para aqueles que querem servir a Deus através da RCC. A formação básica tem a finalidade de ensinar e esclarecer os servos (líderes), no conhecimento do movimento eclesial ao qual pertencem, cuja espiritualidade é o Batismo no Espírito Santo”.
A formação da Escola Paulo Apóstolo é direcionada aos servos que procuram aprofundar a vida cristã caminhando na vida de santidade e serviço aos irmãos.
A formação básica é composta de 08 módulos, a saber:
1 – Identidade da RCC;
2 – Carismas;
3 – Grupo de Oração;
4 – Oração;
5 – Santidade;
6 – Liderança;
7 – Igreja;
8 – Doutrina Social
- Os módulos são devidamente preparados por formadores capacitados e ministrados uma vez por mês, com ensinos que acontecem na Paróquia São João, em Itajaí, aos sábados, das 14h às 18h, para o ano de 2010, conforme o calendário a seguir:
Mês | Dia |
março | 13 |
abril | 17 |
maio | 22 |
junho | 12 |
julho | 10 |
agosto | 21 |
setembro | 25 |
outubro | 23 |
novembro | 20 |
dezembro | 11 |
OBS: Para os servos que já concluíram o módulo básico da Escola Paulo Apóstolo será ministrado o Módulo 1 – Formação Humana (encontro com Deus), nos dias 26, 27 e 28 de novembro de 2010, em local a ser definido.
Desde já, a Coordenação da Escola Permanente de Formação agradece o comprometimento de todos os servos.
Que a paz de Jesus e o amor de Maria estejam sempre em seus corações.
Fraternalmente,
Adi Rogério Macedo de Oliveira
Coord. do Ministério de Formação e Equipe Comarcal de Formação
Vade Mécum
RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DO BRASIL – RCC-BR
VADE-MÉCUM
“O que de mim ouviste na presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis que, por sua vez, sejam capazes de instruir a outros. Suporta comigo os trabalhos, como um bom soldado de Jesus Cristo. Nenhum soldado pode implicar-se em negócios da vida civil, se quer agradar ao que o alto o alistou. Nenhum atleta será coroado, se não tiver lutado segundo as regras. É preciso que o lavrador trabalhe antes com afinco, se quer boa colheita. Entende bem o que eu quero dizer. O Senhor há de dar-te inteligência em tudo. (II Tm 2, 2-7)”.
Conduzido pelo Espírito Santo, sob oração e discernimento, o Conselho Nacional discerniu que é da vontade de Deus que a Renovação Carismática Católica no Brasil aprofunde sua vida cristã, a fim de agradar ao Senhor e propiciar espaço em nosso coração e em nossa vida para maior ação divina, a fim de que Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador, colha frutos de santidade, mais ardor missionário, serviço fraterno e salvação em nosso movimento.
Para colaborar nesta vivência, também em oração e sob as moções da Santíssima Trindade, após ativa participação de nossa família cristã, na pessoa de quantos se dignaram colaborar conosco nesta delicada e necessária missão, elaboramos este Vade-mécum que deverá auxiliar nossa participação nos trabalhos realizados nas diversas frações da Renovação Carismática Católica, suscitada em nosso País.
Com o sincero desejo de ver nosso povo salvo no nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, bem como de não nos colocar como motivo de escândalo em seu caminho de salvação, exortamos a todos que desejam servir ao Senhor da Glória, Jesus Cristo Ressuscitado, nos grupos de oração, ministérios e comunidades, que incorporem em seu viver as orientações deste Vade-mécum, como um sério e legítimo compromisso de vida cristã.
CAPÍTULO I
ESPIRITUALIDADE
DEVERES INDIVIDUAIS MÍNIMOS
“Peço, na minha oração, que vossa caridade se enriqueça cada vê mais de compreensão e critério, com que possais discernir o que é mais perfeito e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo, cheios de frutos da justiça, que provem de Jesus Cristo, para gloria e louvor a Deus”. (Filipenses 1,9-11)
1. Aceitar, integralmente, com fé, amor e docilidade ao Espírito Santo a sã doutrina, sendo pessoalmente, guarda do precioso depósito da fé, confiado por Jesus Cristo à Igreja, dando especial atenção para a prática dos dez mandamentos da ‘Lei de Deus’, assim como para os cinco mandamentos da Santa Igreja.
2. Ser cheio e conduzido pelo Espírito Santo.
3. Viver os sacramentos de nossa Santificação, na forma exemplificada abaixo:
A. BATISMO:
A1. Renovar em si mesmo e na comunidade que Deus lhe confiou, diariamente, as graças do Batismo, das quais se sobressai, para a nossa espiritualidade e vivência cristã, a efusão do Espírito Santo;
A2. Viver uma vida digna de ser identificado, na comunidade e no mundo, como um filho de Deus. (FL 2,15)
A3. Buscar um relacionamento de irmão com os filhos de Nosso Pai, com atenção especial para as obras de caridade, a mansidão o amor, o perdão, a paz, a afabilidade, a condescendência, a hospitalidade (acolhimento) a brandura ao corrigir, a abominação das discussões;
A4. Renunciar e não praticar os costumes distribuidores da comunidade cristã, tais como: pequena concessão às bebidas, às impurezas de intenções, à difamação, maledicência, fofoca;
B. CRISMA
Assumir definitivamente e mediante consagração de vida e de alma, a vocação missionária à qual Nosso Senhor Jesus Cristo tem chamado toda a Igreja, em particular a Renovação Carismática Católica.
C. EUCARISTIA
C1. Participar da Sagrada Eucaristia mais de uma vez por semana;
C2. Dedicar especial atenção, senão diária, pelo menos semanalmente, à adoração ao Santíssimo Sacramento.
D. PENITÊNCIA
Pelo menos mensalmente, confessar os pecados ao sacerdote, legítimo representante de Cristo por ordenação sacramental, com adesão de fé e coração.
E. UNÇÃO DOS ENFERMOS
Reavivar a autoridade de cura dos enfermos por meio da unção ministrada por nossos sacerdotes.
F. OREDEM
F1. Viver em boa harmonia e unidade com a hierarquia eclesiástica;
F2. Cultivar e viver dócil obediência à hierarquia da Igreja;
F3. Buscar a solução para as eventuais crises de pensamento e opinião mediante a oração, a aceitação das diferenças, o diálogo e o entendimento.
G. MATRIMÔNIO
G1. Os casados vivam a unção matrimonial, que é fonte de incontáveis bênçãos para a família, assim como para mantê-los no caminho da fidelidade. Em tudo cumpram o que lhes pede Deus acerca de si mesmos, de seus cônjuges e de seus filhos;
G2. Os solteiros afastem-se da fornicação, lembrando que os seus corpos são reclamados pelo Espírito Santo, que deseja fazer deles seu templo vivo (I Cor 3,16s)
G3. Os separados de seus cônjuges vivam seu estado em pura, verdadeira e casta santidade, mirando o exemplo de Maria e José e lembrando que perante Deus, que nos deu a salvação mediante a cruz, só se casa uma vez.
4. Viver em boa harmonia e unidade com as comunidades religiosas, com os movimentos eclesiais; destes, em especial com a Renovação Carismática Católica; e desta, primordialmente com aqueles que Deus constituiu em autoridade.
5. Diariamente reservar um tempo razoável para a oração pessoal e a adoração de nosso Deus. Reservar igual tempo para o estudo e meditação da Sagrada Escritura e dos documentos eclesiais, com prioridade para o Catecismo da Igreja Católica, para o Decreto Apostolicam Actusitatem – sobre o apostolado do leigo – para a Encíclica Christifideles Laici – sobre a vocação e missão dos leigos na Igreja e no Mundo e para o Documento da CNBB – 62 , sobre a missão e ministérios dos cristãos leigos e leigas.
6. Jejuar semanalmente, salvo por motivo de doença.
7. Participar das reuniões, encontros e diversas atividades da RCC, com assiduidade, pontualidade e prontidão para servir à comunidade, bem como pertencer a um grupo de oração ou comunidade carismática.
8. Viver santamente, com retidão de vida crista, no seio da comunidade e fora dele, em particular no que toca aos compromissos pessoais, patronais, laborais cívicos e financeiros, a fim de gozar de boa reputação e ser canal de graças, como quer nosso Deus.
9. Contribuir com o tempo disponível, e financeiramente, apara edificação da Igreja, assim como para a obra de evangelização que Deus, por intermédio do Espírito Santo, tem dado a RCC.
10. Manter, a cada ano, direta e pessoalmente, sob formação para a missão, no mínimo três pessoas experimentadas na Graça da Efusão do Espírito Santo.
DEVERES COMUNITÁRIOS MÍNIMOS
Diretor Espiritual para os Conselheiros Diocesanos, Estaduais e Nacional.
Solicitar aos Bispos (Diocesano, Regionais, CNBB, os diretores espirituais).
CAPÍTULO II
CONCEITUAÇÃO – CARACTERÍSTICAS - OBJETIVOS – MISSÃO
1. CONCEITO: A Renovação Carismática Católica, através do Escritório Internacional (ICCRS), tem seus Estatutos de Serviços reconhecidos pala Santa Sé, através do Decreto nº 1.565/93 AIC-73 Ofícium Consilium Pro Laicis, conforme Cânon 116, do Código de Direito Canônico e, doravante aqui denominada simplesmente RCC, é um movimento eclesial e pentecostal da Igreja Católica Apostólica Romana que busca uma crescente consciência a respeito da presença do ESÍRITO SANTO na vida dos fiéis, propiciando a seus membros uma constante e significativa renovação espiritual.
2. OBJETIVO: A RCC, em seu modo de ser Igreja, com características e identidades próprias, e consciente da possibilidade de se viver na Igreja um “Perene Pentecostes”, tem por objetivos centrais:
a) Promover uma conversão pessoal, madura e contínua a Jesus Cristo, nosso único Senhor e Salvador.
b) Propiciar uma abertura decisiva à pessoa do Espírito Santo, sua presença e seu poder.
Com freqüência, estas duas graças espirituais se experimentam, ao mesmo tempo, no que se chama, em diferentes partes do mundo:
“Batismo no Espírito Santo”, ou “Efusão do Espírito Santo”, ou “Um deixar atuar livremente o Espírito”, ou, ainda “uma Renovação no Espírito Santo”.
Ordinariamente por isso, se entende uma aceitação pessoal das graças da iniciação crista e um receber força para poder realizar o mesmo serviço pessoal na Igreja e no Mundo.
c) Fomentar a recepção e o uso dos dons espirituais (carismas), não somente na RCC, mas também em toda a Igreja, uma vez que estes dons, ordinários e extraordinários, encontram-se abundantemente nos leigos, religiosos e clérigos, e sua justa compreensão e uso corretos, em harmonia com outros elementos da vida da Igreja, são uma fonte de força para os cristãos em seu caminho até a santidade e no cumprimento de sua missão (cf. I Cor 12, 8-10.28-30; Rm 12,6-8; Ef 4,7-16; I Pd 4,10-11; L.G. 4 e 12; AA 3 e 30, AG 4; 23; P.O 9 e CHL
d) Trabalhar, fundamentados na Sagrada Escritura, na tradição e no magistério da Igreja, no culto essencial e intenso à Santíssima Trindade – um só Deus em três Pessoas distintas, mas iguais – no culto e na devoção à Maria Santíssima, Mãe de Deus e da Igreja, pela formação de comunidades de Renovação que compreendem: Grupos de Oração, Grupos de Perseverança e Núcleos de Serviço, com os serviços e a espiritualidade que lhe são próprios.
e) Animar a obra de Evangelização no poder do Espírito Santo, incluída a evangelização daqueles que não pertencem à Igreja; reevangelização dos cristãos de nome, e evangelização da cultura e das estruturas sociais; (cf. Discurso Inaugural de João Paulo II à IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Santo Domingo, a
f) Incentivar seus membros à participação em uma rica vida sacramental e litúrgica, ao apreço pela tradição da oração e espiritualidades católicas, à progressiva formação na doutrina católica guiada pelo Magistério da Igreja , à inserção nos seus planos pastorais, impulsionando o crescimento progressivo em santidade através da correta integração dos dons carismáticos com a vida plena da mesma Igreja.
g) Manter, com todas as comunidades e expressões oriundas da ampla experiência carismática que o Espírito Santo suscita hoje, na vida da Igreja, laços de profunda comunhão e adequado e fraterno relacionamento;
h) Criar e apoiar mecanismos de formação e capacitação que ajudem os seus membros a vivenciarem sua identidade, vocação e missão, com vistas à construção de uma sociedade justa e fraterna.
i) Estimular, observando as orientações e os critérios propostos pelo magistério da Igreja, o Espírito Ecumênico e o diálogo inter-religioso.
3. CARACTERÍSTICAS
São características da RCC e seus membros:
a) O gosto e valorização da oração profunda, pessoal e comunitária;
b) A ênfase especial ao louvor a Deus;
c) A submissão à vontade de Deus e seu plano;
d) O desejo de submeter-se totalmente ao Senhor de Jesus Cristo;
e) A docilidade ao Espírito Santo no exercício efetivo dos “carismas” e no serviço à comunidade mediante o desempenho de diferentes “ministérios”, (cf. Doc 62 CNBB, nº
f) A leitura assídua da palavra de Deus e sua prática no meio em que vive;
g) O amor fraterno, generoso e comprometido com a comunidade onde se situa;
h) A freqüência e a participação consciente nos Sacramentos da Igreja;
i) A solicitude para com a Igreja e seus pastores;
j) A intensa devoção à Virgem Maria e o reconhecimento de sua missão no plano da redenção;
k) O anúncio e testemunho, com força divina, da pessoa de Jesus Cristo.
l) O empenho na formação de comunidades ( Cf. Doc. 61, nº 303 da CNBB), comprometidas, evangelizadas e evangelizadoras.
CAPÍTULO III
ORGANIZAÇÃO
1. NACIONAL
Conselho Nacional (Conceito, composição, função, atribuições).
Comissões (Conceito, composição, função, atribuições).
Ministérios (Conceito, composição, função, atribuições).
Serviços (Conceito, composição, função, atribuições).
2. ESTADUAL
Conselho Estadual (Conceito, composição, função, atribuições).
Comissões (Conceito, composição, função, atribuições).
Ministérios (Conceito, composição, função, atribuições).
Serviços (Conceito, composição, função, atribuições).
Os conselhos estaduais, assistem de perto os Conselhos Diocesanos com função de assessoramento.
Compete ao conselho estadual:
a) Acompanhar e apoiar a caminhada da RCC no âmbito de seu Estado;
b) Fazer-se representar pelo seu Presidente no Conselho Nacional;
c) Estimular os Conselhos Diocesanos a viverem a identidade, a missão e os objetivos da RCC, respeitando a Pastoral de Conjunto das Dioceses.
d) Facilitar o intercâmbio entre as diversas Dioceses na troca de experiências, de vivencia e da prática da Missão.
Os presidentes dos Conselhos Estaduais serão eleitos e regidos de acordo com os Estatutos ou regimentos próprios, aprovados em seus Estados de origem.
3. DIOCESANA
Conselho Diocesano (Conceito, composição, função, atribuições).
Comissões (Conceito, composição, função, atribuições).
Ministérios (Conceito, composição, função, atribuições).
Serviços (Conceito, composição, função, atribuições).
Conscientizar aos Coordenadores Diocesanos que o Conselho Estadual acompanha e ajuda na formação da espiritualidade da RCC no âmbito do seu Estado facilitando o intercâmbio entre as diversas dioceses na troca de experiência e vivência da prática da missão; a coordenação diocesana deve orientar e acompanhar a coordenação dos grupos de oração dando direito de realizar o seu trabalho sem opressão; não devemos aceitar que todo o patrimônio adquirido no grupo de oração, tenham que serem informados à cúria metropolitana para serem arquivado.
Nas dioceses onde existir a RCC, deverá ser constituído um Conselho Arquidiocesano ou Diocesano da Renovação Carismática Católica, aqui doravante denominado simplesmente Conselho Diocesano, aprovado pelo sr. Bispo local.
O Conselho Diocesano terá um Coordenador Diocesano e uma Comissão Permanente de Administração, aprovados pelo sr. Bispo local.
Compete ao Conselho Diocesano:
Que a eleição para os Coordenadores Diocesanos seja feita em único turno no mesmo dia e momento, para evitar articulação na escolha do novo coordenador.
Que a coordenação diocesana tenha como membro efetivo em sua equipe, o coordenador estadual e alguns de seus membros, segundo o regime da RCC do Brasil.
Que todos os eventos da Coordenação Estadual da RCC tenham total apoio da Coordenação Diocesana, que a mesma aceite a formação dada por seus secretários
Compete ao coordenador diocesano acompanhar e assessorar os grupos de oração e quando necessário orientar para o melhor crescimento do mesmo. Caso exista algo que não corresponde com cada à identidade da RCC deve procurar ajuda-lo e não destitui-lo como um grupo de oração.
O coordenador diocesano não venha a realizar planos que sufocam os grupos de oração; que a coordenação diocesana promover meios para haver uma grande harmonia no espírito de colaboração para com o crescimento dos grupos, ouvindo-os em sua realidade:
a) Discernir, executar e acompanhar as atividades da RCC no âmbito da respectiva Diocese;
b) Elaborar, considerando os Planos de Ação Nacional e Estadual, o
Planejamento Diocesano para a RCC, buscando inseri-lo na Pastoral Orgânica e Paroquial, sendo responsável pela sua aplicação;
c) Acolher em espírito de comunhão e fraternidade as Comunidades, Associações e demais Instituições que vivenciam a espiritualidade da RCC e queiram com ela caminhar em unidade;
d) Aprovar, assistir e promover o crescimento dos grupos de oração e inseri-los na Igreja Diocesana;
e) Inscrever-se no Escritório Estadual e Nacional da Renovação Carismática Católica;
f) Enviar programações e relatar experiências ao Escritório Estadual e Nacional;
g) Contribuir para a manutenção dos Escritório Estadual e Nacional nos valores por eles fixados, através de seus respectivos Conselhos;
h) Estabelecer normas e critérios que auxiliem a RCC – Diocesana a cumprir seus objetivos;
i) Consultar previamente o Sr. Bispo local (cf. Doc. 53 – CNBB) ou, se este assim o delegar, o Diretor Espiritual, para convidar pregadores de outras dioceses.
4. GRUPO DE ORAÇÃO
Núcleo (Composição, função, regimento).
Que os coordenadores de grupo de oração possam ser eleitos, segundo a vontade do Senhor, que o núcleo através da oração, jejum, adoração, escuta, eucaristia, sabedoria e discernimento possam elege-lo quantas vezes o Senhor permitir. A compra de equipamentos para o grupo de oração, deve ser executada pelo coordenador do grupo e sua equipe, independente da aprovação da equipe diocesana. Considerando que o coordenador é quem vive e sabe da necessidade de seu grupo.
Os grupos de oração constituem a cédula básica da RCC, e são os meio eficazes de sua expressão e do seu crescimento.
Todos os grupos de oração deverão ser filiados, inscritos, aprovados e orientados pelos conselhos diocesanos, de modo a serem recolhidos pela Renovação Carismática Católica.
Nos grupos de oração deverão ser compostos núcleos de serviço, com a finalidade de discernir, avaliar e dirigir o andamento do grupo, estabelecendo normas que auxiliem a RCC a cumprir seus objetivos.
Cada núcleo de serviço será coordenado pelo próprio coordenador do grupo de oração.
5. COMUNIDADES CARISMÁTICAS E ASSOCIAÇÕES
Conselho (composição, funções e etc)
Comunidades de Renovação (Grupo de Oração) - (conceito, composição, função, atribuições)
Comunidades de Aliança - (conceito, composição, função, atribuições)
Comunidades de Vida - (conceito, composição, função, atribuições)
Comunidades de Vida e Aliança - (quando poderão ser consideradas da RCC, integradas ao movimento).
O Conselho Nacional não reconhece as associações, fundações, comunidades carismáticas e ONGs que não se filiarem e seguirem as orientações do Escritório Nacional e não se responsabiliza diante autoridades eclesiásticas ou quaisquer outras, por falhas que nela se verificarem bem como por atos de seus responsáveis ou representantes.
As Comunidades e Associações que queiram filiar-se à Renovação Carismática Católica, devem ser constituídas por cristãos católicos, que buscam viver a espiritualidade da RCC através de compromissos de um ideal de serviço à Igreja (Cf. Código de Direito Canônico, Cânon nº 215).
As Comunidades e Associações filiadas devem ser regidas pelas normas da Igreja sobre Associações Leigas (Cf. Cân. nº 299).
As Comunidades Carismáticas e Associações deverão ter seus Estatutos reconhecidos e aprovados pelo Sr. Bispo local (Cf. Cân. nº 299) e reconhecidos pelo Conselho Diocesano. Os Estatutos deverão determinar sua finalidade, objetivo social ou serviço específico (Cf. Cân. nº 304).
Os compromissos assumidos pelos membros de uma Comunidade Carismática poderão ser de diferentes graus e deverão ser uma expressão de vivência de espiritualidade da RCC em seu estilo de vida e em sua missão específica de apostolado.
Embora tenham vida própria, as Comunidades e Associações serão sujeitas ao Governo da Autoridade Eclesiástica, em comunhão com os Conselhos Nacional, Estadual e Diocesano (Cf. Cân. nº 305) da Renovação Carismática Católica.
As iniciativas ou quaisquer promoções, atividades, cursos, encontros, bem como convites para pregadores ou promotores de eventos, deverão levar em conta as normas estabelecidas pela própria Igreja, em adequada comunhão com o Conselho Diocesano da RCC local, e manter o zelo e a disciplina eclesiástica.
As Comunidades e Associações, depois de aprovadas pelo Sr. Bispo local e reconhecidas pelo Conselho Diocesano da RCC, deverão ser registradas no Escritório Estadual e no Escritório Nacional da RCC.
Frutos também da mesma graça de Pentecostes que se derrama sobre a Igreja nos últimos tempos, as chamadas “Novas Comunidades”- que se caracterizam por um carisma, autonomia, organização e missão particulares, vividos conforme a espiritualidade da Renovação Carismática – podem com ela realizar significativos e efetivos passos de comunhão, unidade e fraternidade, reconhecidas que são pela Igreja.
6. MINISTÉRIOS
(Conceito, composição, função, atribuições)
7. ELEIÇÕES (de presidentes de conselhos e de coordenadores, incluindo coordenadores de grupos de oração)
Discernimento reflexivo
Mandatos (duração – grupos de oração e dioceses)
8. PATRIMÔNIO
Aquisição e controle
9. FINANÇAS
Aquisição e controle numerário
10. ESTATUTOS
(Quem poderá e ou deverá tê-los? Conselhos diocesanos, estaduais, nacional, de comunidade? Núcleos de grupos oração?)
11. REGIMENTOS
(Quem poderá ou deverá tê-los? Conselhos diocesanos, estaduais, nacional, de comunidade? Núcleos de grupos oração?)
CAPÍTULO IV
MISSÃO
1. PLANEJAMENTO DA MISSÃO (em oração e escuta)
- Roteiro (de planejamento)
- Do primeiro anúncio
- Da formação
2. NO GRUPO DE ORAÇÃO
- Planejamento semanal, mensal, trimestral, semestral, anual, que contemple todas as atividades, com metas, objetivos, ações e aplicações.
PLANEJAMENTO DO ENCONTRO SEMANAL DE ORAÇÃO
FUNDAMENTOS DO ENCONTRO SEMANAL DE ORAÇÃO
1. CONCEITO
- Fundamento: Alicerce, sustentação; aquilo que serve de apoio para um edifício, uma doutrina, uma teoria.
- Fundamentos do Encontro semanal de oração é o conjunto de condutas, normas e princípios que facilitam a sua realização e o torna eficaz.
2. PRÉ-REQUISITO
Núcleo do grupo de oração cheio do Espírito Santo:
- estar sendo batizado durante a reunião
- encharcado do Espírito Santo
- Cheio: do grego Pleró, que significa cheio-derramandO
- Dinâmicas do corpo e da esponja
3. PREPARAÇÃO PARA O ENCONTRO
a) Necessidade da preparação
Vemos esta necessidade nos seguintes dados da revelação:
- O Senhor nos envia a uma batalha no meio de lobos (Lc 10,3);
- Devemos lutar segundo as regras de quem nos alistou (II Tm 2,1-7)
- O maligno é o nosso inimigo (Ef 6,10-12)
- Nossos irmãos são atacados pelo maligno (I Pd 5,8-9)
- Pescador amador X profissional (Ai de mim, se eu não evangelizar – I Cor 9,16)
- É preciso aprender a escutar o Senhor (O dono das ovelhas) para alimentar os irmãos com a Palavra da Vida.
Os melhores servos conheciam o Senhor e o escutavam:
- Moisés (Ex 33, 11)
- Os apóstolos
- As ovelhas irão para onde for o pastor (A Fonte de Água Viva – O jovem e o velho na proclamação do Salmo do Bom Pastor (Sl 22 e 23)).
b) Preparação do Encontro
Fatores a considerar:
- O fator mais importante, mais precioso, é o povo do Senhor.
- O encontro é feito para atender as necessidades deste povo.
- O povo precisa de:
§ De Deus (Jesus Salvador, Batismo no Espírito Santo)
§ De cura, libertação, consolo, etc.
O povo é constituído de pessoas, com os seguintes aspectos:
§ Social
§ Físico
§ Espiritual
§ Psicológico
Na preparação deve-se considerar todos os aspectos do homem. Muitas são as barreiras à ação de Deus.
Em oração deve-se perguntar ao Senhor como realizar o encontro
Também em oração perguntar ao Senhor como realizar o encontro
Não preparar o encontro para satisfação pessoal do núcleo apostólico
O encontro deve atender às necessidades do povo de Deus.
c) Preparação Pessoal
- Oração pessoal (escuta, formação, Lexia Divina, cura interior)
- Jejum
- Vida sacramental
- Em suma: Regas de vida participantes dos serviços de evangelização realizados pela RCC, anexas ao Encontro “Preparai os caminhos do Senhor”.
d) Comunitária
- Encontro semanal do núcleo
e) Preparação do Local:
- Ambiente
- Sonorização
- Etc...
4. APROVEITAMENTO E APROFUNDAMENTO DO ÊXITO DO ENCONTRO
a) Conceito
- Êxito: do latim edito- resultado, conseqüência, efeito.
- Conjunto de ações praticadas pelos servos do grupo de oração, nos dias que se seguem uma reunião, até o início da seguinte, com o objetivo de ajudar a continuidade das graças que foram iniciadas durante a reunião anterior.
b) Dinâmica
- Partilhar durante a semana sobre as obras de Deus realizadas no encontro e o que foi bom no encontro
- Em pastoreio, ajudar a completar as curas que foram iniciadas no encontro.
- Visitar os irmãos, especialmente os que necessitarem, e os novos.
c) Pastoreio contínuo, a partir da semana seguinte
- Realizado pelo serviço de pastoreio e evangelização dos neófitos
5. AVALIAÇÃO PERMANENTE
a) Permanente escuta sobre a situação
- Feita pelo núcleo, especialmente pela coordenação do grupo, e, durante a realização do encontro, atenção redobrada por parte de sua coordenação.
b) Durante a preparação do próximo encontro, dedicar alguns minutos para avaliar o anterior.
- Participantes da avaliação: coordenação dos dois encontros – coordenadores do acolhimento, da música, da espiritualidade, pregador, etc.
- Conteúdo da avaliação: pontos positivos e negativos
- Sentimento da avaliação
- Gesto concreto da avaliação: caridade
6. RESUMO
O encontro semanal de oração é um movimento privilegiado para a ação do Espírito Santo. Nele Deus cura, converte e salva. Devemos dar-lhe a necessária e devida atenção. Na obra do Senhor não existe lugar para a preguiça e o amadorismo. Ele nos prepara para a missão. Ele nos constituiu para darmos frutos (Jo 15,16). Não temos direito de brincarmos de servos, de discípulos, de apóstolos, quando nossos irmãos estão sofrendo nas mãos de satanás, estão esmagados pelas injustiças deste século, estão morrendo sem a salvação de Jesus Cristo.
PLANEJAMENTO DO ENCONTRO SEMANAL DE ORAÇÃO
DINÂMICA DO ENCONTRO SEMANAL DE ORAÇÃO (At 2 5-41)
1. CONCEITO
O encontro de oração (grupo de oração) é formado pelas pessoas que se reúnem atraídas pelos ruídos da graça de Deus (At 2,5-14).
Encontro semanal de oração:
- O encontro semanal de oração é – deve ser- um verdadeiro culto ao Senhor Nosso Deus, uma permanente repetição de Pentecostes.
- Desenvolve-se em torno da Palavra de Deus
2. ESTRUTURA DO ENCONTRO
- não há esquema rígido
- semelhante à da missa (acolhida, penitência, pequenos louvores, proclamação da palavra, grandes louvores, orações de cura, avisos, encerramento).
3. METODOLOGIA (POR EQUIPES E POR PARTES)
a) Conduzida pelo Espírito Santo (moção, inspiração, revelação e toques divinos)
c) oração em línguas para ser conduzida pelo Espírito Santo
d) Por equipes (acolhimento, música, coordenação do encontro, pregação)
- Acolhimento
- música a serviço do Senhor, em obediência e unidade.
- Coordenação do encontro (animação)
- Pregação
- Etc
e) Por partes
Segue-se uma sugestão de seqüência adequada: acolhimento, penitência, pequenos louvores (até aqui, a oração chaga a uns trinta ou cinqüenta minutos) proclamação da Palavra, grandes louvores, orações de cura, (avisos e encerramento).
Importante: toda dinâmica do grupo gira, desde a recepção até o encerramento, em torno da Palavra de Deus – tema da pregação – (que será proclamada no dia)
- Acolhimento:
Ungido, alegre,caloroso, feito por todos.
É feito pela coordenação do grupo
Após o acolhimento, os visitantes são cadastrados pelo ministério do acolhimento, pastoreio e evangelização do neófitos, para pastoreá-los a partir da semana seguinte. A ficha de cadastro só poderá conter cinco dados: nome, endereço, dia da visita, hora’rio para visita e duração visita; para incentivar a visita na semana imediatamente seguinte à primeira participação no grupo. Na primeira vista poderá ser preenchido uma cadastro mais detalhado.
§ Músicas ungidas, alegres, escolhidas com discernimento e sabedoria, preparam as pessoas para a oração.
§ Pequena oração pedindo o Espírito Santo
- Penitência
Todos são motivados a pedir perdão
Usar sempre algum versículo bíblico relacionando com o perdão
Participar do núcleo ; participação de todos
Músicas apropriadas
- Pequenos louvores
Músicas apropriadas
Participação do núcleo; participação de todos
Grande oração para pedir o batismo no Espírito Santo
- pregação
Requisitos mínimos para a pregação:
- ungidas
- querigmática (curso de evangelização)
- bem preparada (com oração, planejamento adequado, técnica mais apropriada)
- com metodologia e com poder do Espírito Santo
- fiel ao tema
- não é ensino. Deve atingir mais o coração do que a razão.
- mostra Jesus como a solução para a vida
- curso para pregador (metodologia com poder do Espírito Santo)
Requisitos mínimos para o pregador:
- Pregador ungido
- pregador bem formado
- curso de pregador (metodologia com poder de Espírito Santo)
- Frutos da pregação:
fé, conversão, batismo no Espírito Santo, curas e milagres (Mc 16, 15-20)
- Resposta à palavra proclamada: Pedidos de perdão por não cumprir o que Deus pede na palavra que se proclamou, comprometer-se um cumprir a palavra, louvores a Deus motivados pela Palavra, uso de outra passagem Bíblica que confirme a palavra proclamada, louvores com uso de salmos.
- Participação do núcleo, participação de todos - incentivar
- Músicas apropriadas
- Grandes louvores
- Orações de cura
- ungidas, dons carismáticos da fé, amor, ciência, discernimento, sabedoria, cura, milagres, libertação
- musicas apropriadas
- sabedoria e harmonia entre a música e a coordenação
- Atenção: Deus cura o tempo todo, desde o início da oração
- Avisos
- Discernimento e sabedoria
- Entregar os avisos por escritos
- convidar para o próximo encontro
- dar uma palavra de vida (a que fundamentou a pregação), até o próximo encontro.
- Encerramento
- Melhor hora para encerrar: quando todos ainda estão gostando da oração
- não saturar – não encher – as pessoas antes de terminar a oração
- atenção para o horário
- se houver quem goste ou possa permanecer um pouco mais, termine o grupo e fique com estes.
- Condução da oração
- função de quem conduz a oração (pessoa que coordena a oração) motivar, discernir, dirigir (com palavras proféticas, de ciência e com sabedoria e discernimento)
- Atuação conduzida pelo Espírito Santo
Todos os membros do núcleo devem participar proclamando palavras de profecia, ciência, leituras bíblicas, anunciando curas, fazendo louvores e outras orações ungidas.
- Todos os membros do núcleo devem estar atentos às moções do Espírito Santo, assim como às suas revelações, inspirações e toques.
- Todos os membros do núcleo devem estar em unidade com o coordenador da oração, principalmente o minsitério de música.
- Os servos devem estar atentos para servir os irmãos no que precisarem (cura, libertação, consolo, etc).
Demonstrar a ação do Espírito Santo durante o encontro, agindo por meio dos dons carismáticos, com exemplo, usando algumas pessoas).
2. RESUMO
O Espírito Santo necessita de espaços livres em nossos corações para fluir por meio de nós e atingir nossos irmãos Ele os atingirá (nossos irmãos) através de nossos carismas. A dinâmica do grupo deve propiciar os espaços e a liberdade ao Espírito Santo, bem como a sua manifestação por meio dos carismas que lhe aprouver.
3. NA DIOCESE
- Roteiros (de planejamento)
- Do primeiro anuncio
- Da formação
- Planejamento semanal, mensal, trimestral, semestral, anual, que contemple todas as atividades, com metas, objetivos, ações e aplicações.
4. NO ESTADO
- Roteiros (de planejamento)
- Do primeiro anúncio
- Da formação
- Planejamento semanal, mensal, trimestral, semestral, anual, que contemple todas as atividades, com metas, objetivos, ações e aplicações.
5. NO BRASIL
- Roteiros (de planejamento)
- Do primeiro anúncio
- Da formação
- Planejamento semanal, mensal, trimestral, semestral, anual, que contemple todas as atividades, com metas, objetivos, ações e aplicações.
6. EVENTOS
- Planejamento semanal, mensal, trimestral, semestral, anual, que contemple todas as atividades, com metas, objetivos, ações e aplicações.
7. RELACIONAMENTO COM MISSIONÁRIOS
- Acolhimento de missionários (acolhimento, hospedagem, etc)
- Orientações sobre missionários (Conselho Nacional – Reinaldo Beserra)